Quando Wandinha (original Wednesday) estreou seu aguardado retorno em duas partes — Parte 1 em 6 de agosto e Parte 2 em 3 de setembro de 2025 — ficou claro que o fenômeno não havia passado de moda, mas sim estava ganhando novas camadas de fascínio. Porém, sua dominação nas plataformas de streaming vai muito além da nostalgia sombria: trata-se de uma combinação precisa entre estética visual, narrativa inteligente, estratégia comedida e uma protagonista que encarna a alma dos outsiders. A seguir, expresso minha opinião sobre os elementos que catapultaram Wandinha ao topo global da Netflix — e por que ela mexe tanto com você.

1. Uma visão estética gótica que é ao mesmo tempo moderna e acessível

A série mergulha de cabeça em uma atmosfera cuidadosamente trabalhada. Figurinos memoráveis, maquiagem precisa e cenários dark com toque contemporâneo criam uma identidade visual poderosa — é a estética gótica que, de maneira estilizada, se conecta com diversas gerações, da Dark Academia à cultura pop atual.

Essa aura sombria torna Wandinha reconhecível e “Instagramável”: cada frame é um card para fãs compartilharem. A dark academia, tendência cult entre jovens, encontrou na série seu spin-off televisivo perfeito.

2. Uma heroína complexa, inteligente e emocionalmente sincera

Jenna Ortega, hesitante inicialmente, no fim tornou-se a encarnação perfeita de Wednesday Addams — sombria, sarcástica, mas também empática. Em entrevista recente, ela confessou que resistiu ao papel, mas o diretor Tim Burton a provocou até que aceitasse — e isso rendeu resultados espetaculares: desde o lançamento original, Wandinha já ultrapassou 252 milhões de visualizações globais só na primeira temporada.

Wednesday é a antiheroína por excelência: outcast, mentalmente ágil, nada feminista convencional, e ainda assim profundamente cativante. Ela fala por quem sempre se sentiu deslocado.

3. Quebra de recordes: audiência fora da curva

Na estreia, Wandinha já dominou as estatísticas. Foram 341 milhões de horas assistidas em sua primeira semana, superando Stranger Things 4 — um recorde histórico para séries em inglês na Netflix. Em poucos dias, atingiu 50 milhões de visualizações e 201 milhões de horas assistidas, distanciando-se significativamente da segunda colocada.

O impacto não parou por aí: ao longo do tempo, acumulou mais de 1 bilhão de horas assistidas antes mesmo de completar um mês no catálogo Exame.

4. Estratégia de lançamento escalonada que fomentou o engajamento

Dividir a segunda temporada em duas partes foi um movimento estratégico que manteve o entusiasmo dos fãs aceso por mais tempo. A Parte 1 chegou com força e a Parte 2 aqueceu o debate e as redes sociais novamente Cinemablend. Eventos como o “Wednesday Island” em Sydney, parte da “Global Doom Tour”, aumentaram o envolvimento com experiências imersivas e fãs vestidos a caráter.

Esse formato recupera um sentimento coletivo de espera e especulação que o streaming comumente dilui — e funciona como mágica.

5. Elenco robusto com apelo geracional cruzado

Enquanto Wandinha tem um núcleo jovem potente, a segunda temporada expande seu espectro com nomes como Steve Buscemi, Billie Piper e Joanna Lumley, atraindo também millenials e fãs da cultura Y2K. A presença de Catherine Zeta-Jones como Morticia adiciona sensualidade cínica e charme adulto.

6. Mistura dos gêneros e surpresas encabeçadas por Tim Burton

A série brinca com horror, mistério sobrenatural, humor de humor negro, drama escolares e investigação — tudo temperado com a pegada gótica de Tim Burton, o que dá coerência estética e emocional. A Segunda temporada reforça isso com sequências animadas, surrealismo e humor pastelão, sem perder a qualidade narrativa ft.com.

7. Cultura pop viral e identificação com o outsider moderno

A icônica cena de dança de Wandinha — com “Bloody Mary” da Lady Gaga — dominou o TikTok e catapultou a série ao status de fenômeno viral, reavivando a cena gótica entre jovens The Guardian. Em outras palavras: Wandinha não é só uma série para assistir, é um movimento cultural.

Conclusão – minha visão

Wandinha conseguiu o louvável feito de ser ao mesmo tempo profundamente identificável e esteticamente ousada. A protagonista representando quem se sente excluído, a estética gótica que virou tendência nas redes, o suspense sobrenatural, as atuações marcantes e a estratégia de lançamento — tudo se combinou para criar uma reação em cadeia global. Isso explica por que ela se tornou a série em inglês mais assistida da Netflix.

Se você ainda não embarcou nessa, prepare-se para mergulhar nos corredores sombrios da Escola Nunca Mais — você não vai conseguir não comentar, teorizar, vestir preto ou marcar alguém com quem dividir esse universo deliciosamente mórbido.


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