Muito além da tela: Wandinha como fenômeno digital
O sucesso de Wandinha não se limita às estatísticas da Netflix. Desde a estreia, em 2022, a série conquistou milhões de visualizações globais, mas seu impacto cultural se consolidou nas redes sociais. É nesse espaço que a personagem de Jenna Ortega deixou de ser apenas protagonista de um programa de TV para se tornar um ícone viral da cultura pop contemporânea.
Hoje, mesmo com a estreia da 2ª temporada em 2025, Wandinha continua relevante. Memes, teorias e edições de fãs circulam diariamente no TikTok, Instagram, Twitter (X) e Reddit. Mas o que explica essa permanência?
A dança que virou patrimônio da internet
Se existe uma cena que imortalizou a série, foi a dança de Wandinha no baile da Escola Nunca Mais. Jenna Ortega, inspirada por movimentos de Siouxsie Sioux e pela cultura gótica dos anos 80, coreografou sozinha a sequência.
A cena explodiu no TikTok: milhões de usuários recriaram a dança ao som de “Bloody Mary”, de Lady Gaga, gerando uma onda que nem a própria cantora previa. Gaga agradeceu publicamente e chegou a reproduzir os passos em suas redes, ampliando ainda mais o alcance.
Resultado: o clipe da dança ultrapassou fronteiras, se tornando não apenas um meme, mas uma linguagem universal de identificação com o excêntrico e o alternativo. Até hoje, hashtags como #WednesdayDance e #WandinhaChallenge acumulam bilhões de visualizações.
Teorias que inflamam debates no Reddit e Twitter
Se a cena da dança trouxe humor e leveza, os mistérios da trama deram espaço para teorias de conspiração. Em comunidades como o r/WednesdayTVSeries no Reddit, fãs debatem intensamente sobre:
- Quem será o verdadeiro vilão da Parte 2 da 2ª temporada — com especulações de que Mortícia Addams (Catherine Zeta-Jones) possa esconder segredos sombrios.
- O destino de Larissa Weems (Gwendoline Christie) — teorias sugerem que a diretora nunca morreu de fato, e que poderá retornar em forma sobrenatural.
- O papel de Lady Gaga — escalada para a Parte 2, fãs já levantam hipóteses de que sua personagem terá ligação com os poderes de Wandinha.
Essas teorias não apenas engajam, mas mantêm a série viva no intervalo entre lançamentos, alimentando o hype coletivo.
O humor sombrio transformado em memes
O humor ácido de Wandinha é, por si só, combustível infinito para memes. Frases como “Eu não choro, eu apenas gosto de internalizar a dor” ou “A escuridão é minha amiga mais leal” circulam nas timelines em formatos variados — de prints e stickers a edições em GIF.
O tom sarcástico da personagem virou uma forma de expressão online para millennials e Gen Z, que usam suas falas para comentar desde política até dramas do cotidiano. É o fenômeno do relatable humor aplicado ao gótico.
Cosplays, fanarts e cultura participativa
Outro aspecto que explica a longevidade da série nas redes é o envolvimento criativo dos fãs. No Instagram e Pinterest, cosplays de Wandinha e Enid Sinclair (Emma Myers) proliferam, enquanto no DeviantArt e no X (Twitter), fanarts exploram desde versões alternativas da personagem até crossovers improváveis, como Wandinha no universo de Harry Potter.
Esse conteúdo participativo mantém a comunidade ativa e constantemente renovada, mostrando que Wandinha já ultrapassou os limites de série para se tornar um símbolo cultural compartilhado.
Marketing e fandom caminham juntos
A Netflix também soube surfar nessa onda. Campanhas como o Global Doom Tour e ativações temáticas em cidades como Sydney — que transformaram espaços em “Wednesday Island” — reforçaram o aspecto imersivo do fandom. A estratégia alimenta a produção de conteúdo espontâneo por parte dos fãs, ampliando a relevância da série no digital.
Além disso, parcerias com marcas como Nubank e Cheetos ajudaram a fixar Wandinha como uma experiência cultural além da tela. É o tipo de ação que transforma espectadores em participantes ativos do fenômeno.
O “eterno outsider” e sua ressonância cultural
Por fim, o que explica o apelo duradouro de Wandinha é sua mensagem: a celebração do diferente. Wandinha Addams representa todos que se sentem deslocados, os “estranhos” que encontram força na própria individualidade.
Essa identificação universal é a razão pela qual a personagem transcende gerações. Do adolescente que posta memes no TikTok ao adulto nostálgico que compartilha fanarts no Facebook, todos encontram em Wandinha um reflexo de si mesmos.
Wandinha não é apenas um sucesso da Netflix — é um fenômeno cultural multiplataforma. A dança viral, os memes eternizados, as teorias no Reddit e a enxurrada de cosplays e fanarts garantem que a série nunca saia do imaginário popular.
Essa relevância contínua é rara no mundo do streaming, onde muitos sucessos duram pouco tempo. Mas Wandinha encontrou o segredo: unir uma protagonista icônica, um estilo marcante e um fandom criativo que mantém a chama acesa.
Se você ainda não mergulhou nas redes para explorar as piadas, teorias e recriações que orbitam a série, prepare-se: é um universo paralelo tão viciante quanto a própria Escola Nunca Mais.
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